A reportagem trata de como investir em Ações na Bolsa de Valores e quais os melhores investimentos para o próximo ano, diante de um novo governo aqui no Brasil
onde investir 2023 — Foto: BTG/Reprodução |
Em seu mais novo relatório, encaminhado aos clientes, um dos maiores bancos de investimentos do Brasil, alerta para os desafios em 2023 para o cenário macroeconômico global e doméstico.
Cenário Macro
Considerando que o ambiente de inflação ainda é incerto no mundo com os choques ainda vigentes no lado da oferta, advindos da guerra da Rússia contra a Ucrânia, e do lado da demanda, pois ainda há efeitos esperados de uma reabertura da China em 2023 que traga um ambiente mais positivo para a sua atividade econômica.
O banco considera também, em seu relatório, uma perspectiva de que o próximo ano seja mais desafiador em termos de crescimento para os EUA, com a retração do mercado de trabalho e a taxa de juros alta para o combate à inflação.
Portanto, é possível que as tensões geopolíticas entre as duas principais economias do mundo ganhem mais espaço no ambiente macro e na volatilidade dos ativos internacionais.
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mudança de governo
Além disso, a mudança de governo, aqui no Brasil, deixa uma série de perguntas em aberto no campo fiscal, tanto pela mudança esperada no regime do teto de gastos quanto à trajetória da despesa pública nos próximos anos. Ou seja, o mercado estará bastante atento a política.
Portanto, fica bastante claro que o atual ambiente macro demanda maior cuidado na escolha de ativos para investir em 2023 e montar um portfólio que entregue o melhor retorno possível, mitigando riscos fiscais e monetários, além de considerar diversos cenários.
estratégia mais assertiva
A estratégia mais assertiva será aquela que trouxer o maior percentual em ativos com baixa volatilidade, como os pós-fixados e com maior previsibilidade na geração de caixa, como é o caso da compra de ações através da renda variável e, sobretudo, que estejam protegidos de uma elevação das expectativas de inflação, no caso dos títulos públicos.
títulos públicos
Em relação aos títulos públicos, o relatório, destaca as taxas em níveis oportunos para carrego de posições com proteção em termos de inflação via NTN-Bs, contando também com a opção de saídas antecipadas no médio e longo prazo, com ágio, sobretudo na parte intermediária da curva de juros brasileira.
A discussão fiscal vigente, com modificação esperada na regra do teto no próximo ano, já era aguardada e parcialmente precificada há alguns meses.
renda variável
Um quarto do volume financeiro negociado na Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa sai da carteira de "pessoas normais", ou seja, gente com pouco conhecimento em economia e o desejo de ficar rico no curto prazo.
As perspectivas para o futuro próximo, com taxas de juros nos seus maiores patamares e economia em vias de recessão, também são desafiadoras.
Por isso, vale a pena entender como comprar e vender ações, uma operação bem mais simples do que os tumultuados e já superados pregões da Bolsa faziam supor.
Investir em ações é um bom negócio?
Em 2022, os papéis da Bovespa estão se mantendo acima dos 100 mil pontos, com o dobro da média de rendimento de um fundo de renda fixa. As perspectivas para o médio e o longo prazo também são boas, concordam os analistas de mercados em seus relatórios.
Os principais indicadores financeiros do Brasil mostram que o país tem tudo para atravessar um ciclo de crescimento sustentável, com estabilidade para a economia e oportunidades para as empresas.
E uma vez que as empresas lucram mais, seus sócios, ou seja, todos os acionistas, também ganham mais. É importante ressaltar, porém, que investir neste mercado exige cautela: é preciso analisar os riscos e contar com a possibilidade de retorno do investimento no longo prazo.
Como faço para investir na Bolsa de Valores?
Há dois caminhos para o investidor comprar e vender ações: via corretora de valores ou bancos. As corretoras são membros das Bolsas de Valores credenciados pelo Banco Central e habilitados a negociar valores mobiliários com exclusividade no sistema eletrônico da Bovespa.
Para comercializar ações, portanto, o investidor precisa ser cliente de uma dessas empresas. Elas oferecem análises de mercado que indicam o melhor momento para comprar e vender papéis para obter melhores resultados.
Já os bancos administram fundos de ações, cestas que variam conforme os resultados das empresas cotadas na Bolsa de Valores. Neste caso, é o banco quem decide quando e como investir.
Afinal, o que são ações?
Ações são pequenas "partes" de uma empresa. Por isso, quem detêm ações de uma companhia é dono de um pedaço dela, ou melhor, é um dos seus sócios. As ações também são chamadas de "papéis", pois, segundo a definição formal, ações são "títulos nominativos" que representam frações do capital social de uma empresa.
Como ocorrem as operações de compra e venda?
É simples. Imagine a seguinte situação: o investidor A quer comprar ações de uma determinada empresa; já o investidor B quer vender papéis da mesma companhia. Ambos enviam ordens de compra e de venda, respectivamente, para suas corretoras.
Estas, então, transmitem os pedidos para o Mega Bolsa, o sistema eletrônico de negociação da Bovespa, que compara todas as ofertas em tempo real. Caso o valor oferecido pelo investidor A seja igual ao valor pedido pelo investidor B, o negócio é fechado instantaneamente.
Se os valores não forem compatíveis, o sistema compara outras ofertas até encontrar um negócio que satisfaça as duas partes. Com milhares de investidores comprando e vendendo ações todos os dias, as operações são fechadas rapidamente.
Existe um valor mínimo para começar?
Não. O valor a ser aplicado varia em função do preço das ações que o investidor deseja adquirir e também das taxas cobradas pela sua corretora. Em geral, porém, a compra é feita por lotes de ações, de 100, 200 ações, e assim por diante.
Um exemplo: se o investidor quiser comprar um lote de 100 ações ao custo de 50 reais por ação, pagará 5 000 reais. O investidor pode recorrer ainda ao mercado fracionário, comprando ações fora do lote: nesse caso, em tese, ele poderia adquirir até mesmo 1 ação. Porém, devido aos custos de corretagem, a operação seria inviável.
Após a compra, é preciso ficar com ações por tempo determinado?
Não. não há prazo mínimo nem máximo para que os papéis fiquem nas mãos de um investidor. Exemplo disso é a operação conhecida como "day trade", em que o investidor vende a ação no mesmo dia em que a comprou. De outro lado, há pessoas que mantêm os mesmos papéis durante anos e até décadas.
É possível negociar Ações via internet?
Sim. Para isso, é preciso que o investidor seja cliente de uma corretora membro da Bovespa que disponha do sistema "home broker". É por meio dele que são feitas as negociações de compra e venda de Ações via internet.
O que é home broker?
É a ferramenta que permite a negociação de Ações via internet. Ela está interligada ao sistema de negociação da Bovespa e permite que o investidor envie ordens de compra e venda de Ações através do site de sua corretora.
Segundo dados da própria Bovespa, dezenas de milhares de pessoas compram ou vendem Ações por esse sistema todos os meses. Essas páginas oferecem ambientes amigáveis, com informações sobre andamento do pregão, gráficos e análises do mercado.
Tudo para minimizar riscos e ampliar ganhos do investidor. Confira no site da B3 ( Brasil Bolsa Balcão) a relação de "home brokers" autorizados pela Bovespa.
Que cuidados devem tomar os investidores iniciantes?
Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que o mercado de Ações envolve riscos. Ainda que os resultados recentes da Bolsa indiquem lucros altos, os ganhos podem variar devido as conjunturas econômicas, setoriais ou relativas às empresas propriamente.
Outro ponto importante: é preciso se manter atualizado. Para isso, é necessário ler publicações com indicadores econômicos e tendências de mercado. É possível também participar de sites que simulam investimentos.
Outra dica para quem está começando é participar de fundos de investimentos, associação de investidores com interesses afinados. Nesses fundos de investimentos é possível reunir recursos para os investimentos, fazendo com que cada participante tenha uma cota deste fundo.
O que é preciso levar em conta no momento do investimento?
Deve-se levar em conta três pontos: liquidez da Ação escolhida, ou seja, a facilidade de vender os papéis no momento do resgate do investimento; retorno, que são as possibilidades de ganho; risco, as possíveis perdas. A combinação desses três elementos determina a Ação a ser comprada ou vendida.
Quais são as melhores aplicações?
No relatório encaminhado aos clientes, o banco traz dicas de investimentos, revelando suas apostas para 2023 em renda variável, tanto aqui no Brasil como nos Estados Unidos, são elas:
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