Há 63 anos, a barragem do açude de Orós com o aumento das chuvas arrombou e inundou todo o Vale do Jaguaribe
Orós - Ceará — Foto: Drone Smart
Açude Orós
Para os cearenses, o principal empreendimento que o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK) legou ao estado foi o açude Orós.
Ele providenciou a retomada da construção do açude em 1958, a qual havia sido interrompida desde 1922.
Em 1960, quando as obras ainda estavam em andamento, viveu a população ribeirinha do Rio Jaguaribe e de seus afluentes momentos dramáticos, quando por ocorrência de uma grande cheia o Rio Jaguaribe transbordou.
arrombamento parcial do Açude Orós
Provocando o arrombamento parcial do Açude Orós, desencadeando uma enchente capaz de inundar o Médio e o Baixo Jaguaribe.
A notícia logo se espalhou, e as cidades de:
- Russas,
- Aracati,
- Itaiçaba,
- Jaguaribe,
- Limoeiro do Norte,
- Icó
- e o distrito de Alto Santo, de nome Castanhão;
foram evacuadas por forças do exército.
helicópteros
Utilizou-se aí, à primeira vez helicópteros no Ceará. Na luta de socorro as vítimas, estes, prestaram inestimáveis serviços ao povo, que insistia em não abandonar suas casas.
Sobre toda região soltaram panfletos, que anunciavam a catástrofe, tida como certa.
Estima-se que havia mais de dez mil pessoas completamente isoladas e sem grandes possibilidades de fuga, diante da aproximação rápida das águas enfurecidas do Rio Jaguaribe.
Os flagelados se amontoavam nos lugares mais altos, como:
- Poço Comprido,
- São João do Jaguaribe,
- Ilha Grande,
- Quixeré
- e Tabuleiro Alto, em Russas.
26 de março
Precisamente às 10 horas do dia 26 de março um terrível estrondo foi ouvido a grande distância.Ás águas armazenadas no gigantesco açude ultrapassaram o nível da barragem e invadiram toda extensão do Vale do Jaguaribe.
Destruindo o que encontrava pela frente, levando de roldão povoações, cultivos e criações deixando como rastro, a morte, a miséria e o desabrigo, que vitimaram mais de trezentas mil pessoas.
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